terça-feira, 12 de junho de 2012

Revolução Industrial

        Iniciada na Inglaterra, nas últimas décadas do século XVIII, a Revolução Industrial consistia numa série de melhorias técnicas na produção de mercadorias. A máquina à vapor ( veja figura 1) passou a ser utilizada sistematicamente na produção, principalmente na fabricação de tecidos, na mineração e na metalúrgica.
        
         O pioneirismo inglês está relacionado a diversos fatores:

- a Inglaterra possuía grandes reservas de carvão mineral, a principal fonte de energia para movimentar as máquinas e as locomotivas à vapor.
- as grandes reservas de minério de ferro inglesas, a principal matéria-prima utilizada indústria deste período.
- a grande disponibilidade de mão-de-obra gerada pela Lei dos Cercamentos de Terras ( leia boxe ao lado).
- o grande acumulo de capital, oriundo da forte atividade mercantil era o suficiente para financiar as fábricas, comprar matéria-prima e máquinas e contratar empregados.
- o mercado consumidor inglês.



Figura 1:


Da produção artesanal a produção fabril.

Na produção artesanal , o próprio  artesão (trabalhador) é dono dos meios de produção (ferramentas, matéria-prima), é ele que realiza todas as atividades necessárias na produção de um bem ( ele cria e produz a mercadoria). Por isso o excedente gerado fica nas suas mãos.

Na produção fabril, os meios de produção pertencem ao burguês que emprega a mão-de-obra em regime assalariado. Nessas industrias ocorre um intenso emprego das máquinas, o que gera um significativo aumento na produção e um amplo controle sobre o operariado, que passa a ter seu tempo de trabalho determinado pela máquina.

Outra importante inovação técnica ocorrida na produção fabril, foi a intensa divisão do trabalho. Com isso tornou-se mais fácil treinar o trabalhador, pois não é mais necessário que ele saiba realizar todas as etapas do processo de produção de uma determinada mercadoria. Cada trabalhador se especializa em realizar somente uma tarefa específica na produção de um bem. A soma de todas essas tarefas é que resulta no produto final que será comercializado no mercado.


Fontes de Energia


A principal fonte energética utilizada na Primeira Revolução Industrial foi o carvão mineral, encontrado em grande abundância na Inglaterra. A queima desse carvão gerava a força necessária para movimentar as máquinas à vapor. Somente na Segunda Revolução Industrial é que passou-se a utilizar o dínamo e os derivado de petróleo como fontes energéticas.

A poluição causada por muitas dessas fontes energética tem gerado muitos debates e muita preocupação, principalmente entre os ambientalistas. Os danos causados ao nosso planeta podem trazer consequência catastróficas a vida humana e de várias espécies de seres vivos. Inúmeras são as pesquisas que procurar conciliar desenvolvimento com sustentabilidade.


Sobre Energia e Poluição, leia mais em: http://mundogeografico.sites.uol.com.br/geral12.htm


 
  O Surgimento da Classe Operário

Com o advento da Revolução Industrial, surge uma nova classe social, a classe operária. Ela é formada por homens que passam a vender sua força de trabalho em troca de um salário, ficando dependente de quem possui a fábrica e as máquinas, a burguesia industrial. Essa burguesia procura extrair seu lucro principalmente do excedente produzido pela força de trabalho do proletariado. Existe assim, uma parcela de trabalho que não é paga ao operário,  a mais-valia.

            Nas primeiras décadas de industrialização, as condições de trabalho nas fábricas inglesas eram totalmente insalubres. As jornadas de trabalho eram muitos extensas, chegando a 16 horas diárias; as condições higiênicas eram precárias; os salários eram muito baixos; havia a exploração do trabalho infantil e feminino; os acidentes de trabalho eram frequentes; não havia nenhuma assistência ao trabalhador.

            Essas péssimas condições resultaram em inúmeros movimentos operários ( leia boxe Ludismo e Cartismo), que passaram a contestar a exploração promovida pela burguesia industrial, reivindicando melhores condições de trabalho, com redução da jornada de trabalho e a criação de leis do trabalho, que amparassem o trabalhador. As principais de resistência foram as passeatas, as greves, a formação de ligas operárias, distribuição de folhetos operários, etc.


A Transformação do Meio Urbano

Com a Revolução Industrial, intensificou-se o crescimento urbano. Um grande contingente populacional que estava desocupado no campo,  foi atraído para as cidades devido a oferta de trabalho gerado pelas industrias.

As cidades cresceram rápida e desordenadamente. A falta de planejamento trouxe sérias consequências aos centros industriais do século XIX. As moradias eram pequenas, com pouca luminosidade; não havia redes de esgoto e de água; as ruas estreitas, sinuosas e repletas da lixo e animais por toda a parte. Essas péssimas condições higiênicas facilitavam a proliferação de doenças e epidemias.



Vamos exercitar o que vovê aprendeu? Então faça as atividades abaixo:

http://dl.dropbox.com/u/85353848/Revolu%C3%A7%C3%A3o%20Industrial/index.htm

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